A cor amarela do caroço do pequi indica que é rico em betacarotenos, antioxidantes contra os radicais livres, portanto, capaz de prevenir o envelhecimento precoce. Já o cheiro adocicado ressalta a riqueza em frutose. “Além disso, o óleo do pequi é chamado Ômega 9 e combate o colesterol ruim no sangue. Tem funções boas para o aparelho cardiovascular”, explica o biólogo da Universidade de Brasília (UnB), César Grisólia.
Os benefícios pesquisados ao longo de 18 anos com a contribuição de acadêmicos serviram para transformar a polpa em cápsulas gelatinosas que conservam os nutrientes e devem ser ingeridas diariamente. A comercialização começará no dia 14 de abril. “A gente fez o pequi em cápsulas para disponibilizá-lo o ano inteiro, porque o pequi só é encontrado em feiras entre novembro e fevereiro”, acrescenta.
Típico do cerrado, o pequi ocorre com maior frequência nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia e no Distrito Federal. É um alimento tradicional na culinária mineira e goiana, mas divide opiniões pelo cheiro e gosto fortes, o que também dificulta que seja ingerido diariamente. “Na polpa do pequi, 33% são fibras e sais minerais e os outros 66% são óleo. Por isso, a digestão dele é difícil”, explica o biólogo.
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