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Cotidiano

Ser diferente: uma crônica pelo amor e respeito

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Em algum lugar bem próximo de nós havia um menino chamado João, de apenas sete anos. Ele tinha alguns comportamentos diferentes dos coleguinhas da classe. Era pouco sociável, não conseguia fazer amigos e vivia um pouco distante da realidade.

Alguns de seus colegas se afastavam, pois o achavam um menino estranho. João, por sua vez, ficava muito triste. Passava o recreio sozinho de um lado para o outro. Ninguém queria se aproximar dele. Certo dia, sua mãe, conversando com ele, descobriu que a sua escola, os colegas o tratavam com indiferença.

João chorou muito. "Mamãe, eu não quero mais ir para escola, ninguém gosta de mim, não brinca comigo, não ficam perto de mim". Sua mãe respondeu segurando no seu rosto: "Filho querido, eu te amo de todo meu coração. Eu teu pai e teu irmão sempre estaremos contigo”.

A mãe foi até a escola, conversou com a diretora e a professora sobre as queixas do menino.
A mãe resolveu levar o menino em uma psicóloga. Após alguns dias em tratamento, a psicóloga percebeu que o menino tinha déficit de atenção, tornando seu comportamento um pouco diferente dos coleguinhas.

Estava explicado o motivo de o menino ser diferente. A mãe sugeriu à escola que fizessem palestras para os alunos explicando que nenhum de nós é igual, mas devemos respeitar a cada um e. assim sendo, amigos uns dos outros em meio às diferenças.

Para a palestra foi convidada uma professora que também tinha um problema de saúde que a tornava diferente. Ela também, muitas vezes, sentia-se diferente das outras pessoas, mas continuava seu trabalho com muito amor, pois o fato dela ser diferente não interfere em nada no seu trabalho.

Todos ficaram muito emocionados com o depoimento da professora. Saíram da palestra entendendo que diferentes uns dos outros, podemos ser amigos, aceitarmos que cada um tem seus limites seu tempo para aprender. Essa é a reflexão que trago para o dia de hoje. Quantas vezes as crianças já vem de casa com preconceitos? Devemos ensinar nossos filhos que as pessoas têm nome e não podemos chamá-las pela sua aparência.

Cresci em um lar que não havia preconceitos. Certa vez, quando eu tinha 12 anos, vi um jovem sendo apedrejado por causa da sua opção sexual. Senti-me muito triste e impotente. Jamais esqueci essa cena terrível. Provavelmente aprenderam o preconceito em suas casas. Ensino as minhas filhas a respeitarem as pessoas a chamarem por seus nomes. Cada um de nós é o que é por ser uma pessoa e não pela sua aparência. Se tivermos amor e respeito, podemos mudar o mundo em que vivemos.