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Economia

Andreia Limas: entidades empresariais reagem à possibilidade de lockdown

Suspensão de atividades não essenciais será repetida neste fim de senana

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Comentei na semana passada sobre as medidas que o governador Carlos Moisés estava prestes a anunciar, reduzindo a capacidade de operação em determinadas atividades econômicas. No dia seguinte, as restrições foram ampliadas, com a suspensão de serviços considerados não essenciais em dois finais de semana – o último e o próximo.

É claro que essas decisões, tomadas com o objetivo de enfrentar a crise de saúde (e não vamos entrar nesse mérito), impactam diretamente na economia e por isso a reação imediata das entidades empresariais, que tentam impedir uma nova quarentena, como queriam os órgãos de controle do Estado, conforme recomendação apresentada ao Governo.

Facisc

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), que congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas em Santa Catarina, manifestou-se contra as recomendações do Ministério Público e de outros órgãos do Poder Judiciário, orientando para o lockdown de 14 dias. Para o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com os decretos em vigor. “Também não somos favoráveis ao fechamento do comércio e outras atividades econômicas, mas devemos acatar o decreto com serenidade e consciência”, pronunciou-se Alves através de nota endossada pelas Associações Empresariais de todo o Estado, incluindo a de Içara – ACII.

Fiesc

Em contato com o governador Carlos Moisés no sábado, dia 27, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, argumentou que o trabalho nas indústrias é seguro e que a atividade industrial é essencial, inclusive para gerar os recursos necessários para combater a pandemia.

“Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca”, sustentou Aguiar, lembrando que a eficácia dos lockdowns têm sido questionada internacionalmente.

O presidente da Fiesc também lembrou que a interrupção da atividade industrial teria graves consequências, inclusive para produção de alimentos, bebidas, embalagens e outros itens necessários ao enfrentamento da pandemia.

FCDL

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) orientou todos os associados a continuarem cumprindo rigorosamente as medidas de segurança sanitária e disse compreender a necessidade dos novos decretos com medidas restritivas. “O momento ainda é bastante desafiador. Cada um precisa fazer a sua parte para manter a segurança coletiva”, afirma Ivan Roberto Tauffer, presidente da entidade.

Cofem

O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) também manifestou seu apoio às medidas restritivas previstas nos dois decretos do Governo do Estado, sem a adoção da quarentena. “Com a devida observância dos protocolos sanitários, a segurança dos trabalhadores é garantida e a adoção de um lockdown completo não é a melhor resposta para enfrentar o agravamento da pandemia”, sustentou em nota oficial.

O Conselho é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.

Comércio

Os comerciantes de Içara não escondem o temor de que os fechamentos, inicialmente previstos para dois finais de semana, sejam ampliados, prejudicando as vendas de Páscoa. Já foi necessário transferir o primeiro Sábado Total do ano do dia 6 para 13 de março e os lojistas também decidiram estender o horário de atendimento nesta sexta-feira, dia 5, como forma de compensar as perdas do sábado.

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Içara, Paulo Brígido, o setor sente a retração no consumo, provocada pela alta de preços de alimentos e medicamentos, além do fim do auxílio emergencial.

O presidente do Sindicato dos Comerciantes Varejistas e Atacadistas de Içara, Morro da Fumaça e Balneário Rincão (Sindilojas), Marcelo Casagrande, lembra que o comércio conta justamente com as datas especiais para aumentar o faturamento, pois o volume de vendas segue em baixa no dia a dia.

Apoio

Também severamente atingidos pela pandemia, os setores gastronômico, hoteleiro e de eventos pedem apoio ao Governo do Estado, solicitando medidas urgentes para manter a atividade econômica. As entidades que representam esses setores, juntamente com as dez associações empresariais do Extremo Sul, encaminharam documento ao Executivo reivindicando a liberação imediata de linha de crédito desburocratizada para as pequenas e médias empresas, Refis amplo e imediato dos débitos pendentes, suspensão de impostos estaduais e plano emergencial para a folha de pagamento. A alegação é de que essas medidas vão evitar o fechamento de estabelecimentos e preservar os mais de 20 mil empregos gerados na região.