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Economia

Bancários em greve a partir desta quarta

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Os bancários lotaram o Auditório São José, em Criciúma, na noite deste dia 28, e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira. Na assembleia com cerca de 300 bancários, 100% dos trabalhadores votaram pela paralisação. Ou seja, a categoria rejeitou a única proposta, de 4,29% de reposição da inflação dos últimos 12 meses e PLR inferior à do ano passado, oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O cessar das atividades deverá atingir as 55 agências e departamentos distribuídos nos nove municípios de base do sindicato, entre eles, Criciúma Içara, Morro da Fumaça, Forquilhinha, Nova Veneza, Siderópolis, Treviso, Urussanga e Cocal do Sul. Somente os caixas eletrônicos manterão o funcionamento para depósitos, saques e pagamento de contas. Este é o quinto ano consecutivo que a categoria faz greve na região. Já em todo o país, são 137 sindicatos e cerca de 400 mil trabalhadores. A direção irá se reunir na quinta-feira, 30, às 18h, no Sindicato dos Metalúrgicos para avaliação do movimento.

Para retomar as atividades, os bancários requerem reajuste de 11% (inflação mais 5% de aumento real), melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais, elevação dos auxílios (refeição, creche e educação), combate às metas abusivas, fim do assédio moral, plano de carreiras em todos os bancos, proteção ao emprego, mais contratações e segurança contra assaltos. “Sem luta de todos não há conquista”, afirma o diretor do Sindicato dos bancários da região, Ronald Pagel. Ainda segundo ele, a pauta de reivindicações é viável já que, no primeiro semestre de 2010, os cinco maiores bancos tiveram R$ 21,3 bilhões de lucro líquido. “É um crescimento de 32% na média em relação ao ano passado e uma rentabilidade sobre o patrimônio de 25%”, pontua ele.

“O lucro sai do suor de todos nós e das noites de sono que perdemos e agora é hora de sermos valorizados”, considera também a diretora sindical Dicéia de Mello Locateli. Ainda conforme ela, a campanha tem como slogan "As pessoas em primeiro lugar” não tem somente o índice financeiro que está em avaliação, mas ainda o fim do assédio moral contra os trabalhadores, pressão pelas metas que faz dos bancários uma das categorias mais doentes no país.