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Economia

Cadeirantes: clientes em potencial

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De acordo com informações 45graus (www.45graus.com.br), o Brasil possui "24 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência". Isto corresponde a 12,9% da população do país. Sabe-se que 35% dessa parcela têm entre 40 e 60 anos. Mas, não há discriminação dos tipos de deficiência. Aí já começa o descaso com esta parcela da população. A falta de estudos reflete também na falta de planejamento. Ou, vice e versa.

"Fora do Brasil já se encontra estabelecido o negócio do turismo para PPD’s, com uma movimentação financeira bastante considerável e em franca expansão. No Brasil, o aumento da população deficiente empregada e o crescimento do nível escolar dos mesmos promoverão o surgimento de um novo mercado, sem as limitações de acesso do passado e bastantes exigentes em relação aos produtos e serviços de turismo oferecidos", explica Antonio Bordallo, que pesquisou sobre o assunto em 2007.

Conforme estudo divulgado pela Open Doors Organization, em janeiro de 2003, os americanas que possuem algum tipo de deficiência consumem mais de U$$ 13,6 bilhões dólares com viagens anuais. Neste quesito, o Brasil se encontra como o 27º destino em uma lista de 37 países. Somente 3% desse total vem para a terra tupiniquim. Em dinheiro, isso representa 408 mil dólares de todo o montante.

"Nós estamos em um processo de eliminação de barreiras, mas não estamos preparados integralmente para que a pessoa com deficiência tenha o seu direito de ir e vir respeitado. Ela paga impostos e consome como qualquer outro cidadão", analisa a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Niusarete Margarida de Lima.


Em relação aos estadunidenses, as Pessoas Portadores de Deficiência (PPDs) possuem um perfil de alto nível. Ainda conforme a mesma organização, eles têm receita anual de U$$ 35 mil, têm mais de 50 anos e são casados e encontram. Entre as dificuldades que encontram, estão os obstáculos em hotéis. Ao todo, 60% reclamam da falta de estrutura.


SERVIÇO: RIO JÁ TEM TAXI PARA CADEIRANTES

Mas, toda essa realidade parece estar prestes a mudar. A falta de estatísticas ainda existe. Porém, algumas iniciativas públicas já estão dando exemplo de que é possível tornar o dia-a-dia das Pessoas Portadoras de Deficiência (PPDs) mais fácil. No Rio de Janeiro, por exemplo, as empresas de táxi possuem carros adaptadores para este público, principalmente para os cadeirantes.

Além da comodidade no espaço para as PPDs, os táxis adaptados também possuem lugar para até dois acompanhantes. E, a tarifação é a mesma. O serviço funciona através de uma cooperativa, que modificou os carros, Fiat Doblô, com sistema hidráulico para o embarque e desembarque dos passageiros.


TRANSPORTES: CARRO TAMBÉM É ADAPTADO

Conforme notícia publicada no site do Automóvel (carros.automovel.com.br), "alunos da FEI (Fundação Educacional Inaciana) projetaram uma minivan especial para cadeirantes". Os passageiros utilizam uma plataforma para subir ao veículo. Através deste mesmo sistema, o usuário define se vai ser caroneiro ou se vai conduzir o veículo.


INTERNET: PUBLICAÇÃO ESPECIALIZADA

Além de gastar bem, os cadeirantes também consomem bastante informação. E, porque não ter um veículo específico para eles? Esse é o propósito do Blog Mão na Roda, de Eduardo Camara. Ele tem 32 anos, sendo que nove deles foram sob duas rodas, as da cadeira ambulante. Na página em que possui no O Globo On Line (oglobo.globo.com/blogs/maonaroda), Eduardo conta as dificuldades que passa no dia-a-dia. E são muitas. Mas, segundo o próprio blogueiro, o objetivo principal é divulgar os locais em que os cadeirantes possuem uma estrutura adequada para o lazer. Neste caso, ganham os bares, lanchonetes e boates que já estão adaptados para receber este exigente público.

Além dos empreendimento de diversão, o jornal também é beneficiado com o acesso das PPDs. Para acessar o conteúdo do blog, é necessário um cadastro com informações sobre o consumo do usuário. Assim, O Globo ganha leitores e ainda se coloca como politicamente correto.


TELEVISÃO: ATRIZ CADEIRANTE VAI PARA A NOVELA

Ainda no blog de Eduardo Camara, um dos últimos posts, realizado no dia 6 de novembro, o destaque é Tábata Contri. Esta atriz é a primeira brasileira cadeirante a ocupar uma vaga entre as novelas da televisão brasileira. O pioneirismo total de uma pequena emissora, a Band, que incluiu Tábata na trama Água na Boca.