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Lucas Lemos [Canal Içara]

Economia | 14/01/2015 | 18:25

Cooperaliança requer subsídio por 10 anos

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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A composição das tarifas da Cooperaliança e os custos foram apresentados ao empresariado içarense nesta quarta-feira, dia 14. Mas quanto ao valor mais elevado em relação a outras distribuidoras, o momento ainda exigirá paciência. Afinal, a previsão é que a revisão ocorra somente após a realização de um novo contrato de concessão em julho. O benefício é o mesmo que já possuem outras cooperativas, entretanto, em regime de permissionária.

“Pedimos pelo menos 10 anos de subsídio para compensar os nossos empresários”, aponta o presidente em exercício, Jorge Rodrigues. O fornecimento de energia para as indústrias corresponde atualmente a 46% dos clientes da concessionária. “Também sou empresário. Então a dor dos empreendedores de nossa cidade eu também sinto. Sei que se a nossa cidade não tiver empresa, não vai crescer”, coloca.

“Segundo a Fiesc, a cooperativa vai ser servir de base no gerenciamento. Hoje tocamos 35 mil consumidores com R$ 85 a cada MW vendido”, completa o diretor-administrativo, Reginaldo de Jesus. Isto significa R$ 1,4 milhão ao ano. O restante é indicado como recurso com fim já carimbado. “A Cooperaliança paga quase quatro vezes mais do que as outras cooperativas. Também reclamamos desta tarifa no Governo Federal”, garante.

Conforme Jorge Rodrigues, o subsídio foi perdido com a transformação em concessionária em 2002. Na época ocorreu inclusive a venda de ações com o principal objetivo de privatização. “A concessão inicia e termina com prazo finito. Já a permissão é a título precário e pode encerrar a qualquer momento”, diferencia o diretor jurídico, Ivanir Pacheco. No caso da Cooperaliança, o próximo contrato de concessão será oficializado em 7 de julho de 2015.

Para auxiliar na tramitação na Agência Nacional de Energia Elétrica na recuperação do subsídio, a empresa conta atualmente com assessoria jurídica especializada e com trânsito na agência reguladora. “Se eu disser que a energia vai baixar agora é mentira. Se tirar 1% voltamos a ter risco. Temos que baixar na compra para garantir que isto também chegue ao consumidor. Acredito que isto acontecerá após a revisão em julho”, indica Jorge.

“É preciso envolver todo o setor produtivo e também os trabalhadores. Assim, o sucesso será de todos. E se não houver sucesso, também não ficará somente sob a responsabilidade do presidente. Temos um ministro do Trabalho que é de nossa cidade e que pode nos ajudar. A Aneel também tem responsabilidade. Fizeram audiências públicas na cidade e nunca observaram isso?”, considera o prefeito Murialdo Canto Gastaldon.