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Diário de bordo: La garantia soy yo

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Descrever o que é a Ciudad Del’Est é um exercício puxado. Eram 6h de segunda-feira, dia 3. Novamente cruzamos a ponte a pé. Lembra aquelas imagens típicas da Índia, com as ruas caóticas com carros para todos os lados, em todas as direções, muambeiros, vendedores, turistas se amontoando pelos espaços entre as lojas? Parei para lembrar naquela lei da física que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Por muito pouco, em Ciudad, essa regra não é deixada de lado. Quase todos os veículos dos táxis possuem aquela grade de proteção (Santo Antônio) na frente e as laterais amassadas (lembrei de um famoso jogo de Playstation I, Destruction Derby).

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Em meio ao amontoado de pessoas cheias de bolsas, belos shoppings contrastam com as barracas superlotadas de bugigangas falsificadas. Em alguns centros comerciais menores, as condições dos fios certamente deixariam um engenheiro de segurança enfartado. Em relação aos produtos, tem absolutamente tudo para todos os gostos. Para que seja possível imaginar corretamente a discrepância, uma garrafa de tequila Jose Cuervo Especial Oro, que nos supermercados brasileiros sai em torno de R$ 60, no Paraguai pode ser encontrada por R$ 9. Detalhe: a tequila original, comprada em tabacarias nos shoppings. Um televisor Sharp LCD de 26” pode ser encontrada por R$ 560.

Em Ciudad também é quase impossível se alimentar. Moscas e restaurantes sujos são a regra. Não há qualquer indício de saneamento. Então o jeito é comer após as compras, já em Foz do Iguaçu. E isso também não é tarefa das mais fáceis. Após as compras – tudo dentro do limite permitido, claro – tivemos que pegar a gigantesca fila da imigração no retorno ao Brasil.

Na Aduana, pelo menos 500 pessoas entre turistas, contrabandistas e mulas (como são conhecidas as pessoas que se unem a outras para aumentar a cota de US$300) aguardavam a vistoria. Carros também eram parados constantemente para avaliação dos pneus. Muitos ficavam parados, já que é comum os brasileiros irem de carro para Ciudad, colocarem pneus novos (um jogo de quatro pneus novos custa em torno de R$ 240). E retornar com o contrabando. Eram quase 16h quando passamos pela imigração. Já com as Declarações de Despacho Aduaneiro (DDA) em mãos, fomos almoçar.