Cleiton Avelino tinha o desejo de criar um negócio e decidiu investir em produtos para agropecuária neste ano. Criou a AgroEco, próximo da Praça da Juventude Fernando Pacheco, no Centro de Içara, e apostou nas rações premium para cachorros, gatos, além de cavalos, como diferencial da nova empresa. “Além de conhecer muitas pessoas e fazer muitos amigos, posso ter contato com os animais, que sempre foram meu foco”, ressalta.
“Sempre quis trabalhar com animais, mas a vida me proporcionou outros caminhos. Encontrei-me vendendo produtos, mas também podendo realizar esse sonho para mim e ao mesmo tempo alimentar essa felicidade para poder passa-la para outras pessoas. Sou muito grato por poder trabalhar com isso hoje em dia. É um prazer imenso e de extrema gratidão”, acrescenta.
Ano positivo com novas empresas
O empreendedorismo de Cleiton compõem a estatística positiva para Içara em Içara. De microempreendedores individuais a companhias de grande porte, a cidade registrou a abertura de 1.287 empresas desde janeiro, uma média superior a 100 por mês, mesmo em um ano marcado pela pandemia de coronavírus e seus impactos à economia. Crescimento maior, inclusive, em comparação à média dos anos anteriores.
“Nos últimos quatro anos, que é o tempo em que estou na pasta, foram abertas 3.163 novas empresas em Içara, incluindo MEIs, comércio, supermercados, atacarejos, entre outros negócios”, informa o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Paulo Roberto Brígido.
Geração de empregos em alta
“Esses números são tão positivos que fechamos outubro com 1.202 novos postos de trabalho com carteira assinada. O segundo lugar (na Região Carbonífera) teve praticamente a metade, que é Urussanga, com 652”, salienta. O secretário se refere ao saldo acumulado entre janeiro e outubro, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia. Os números mostram que, de cada três novos postos de trabalho formal criados na região, um foi em Içara.
A liderança é do setor de serviços, com 493 vagas abertas. O comércio, único setor da região a continuar com saldo negativo entre janeiro e outubro, teve 391 empregos gerados na cidade, no período. O saldo positivo ainda contou com a colaboração da indústria (242 vagas), da construção (62) e da agricultura (14). “E isso que tivemos uma queda significativa nos três primeiros meses da pandemia”, aponta Paulo.
Junto com a geração de emprego e renda, o estabelecimento de empresas faz aumentar também as receitas do município. “Em número de habitantes, nós perdemos para Araranguá, Tubarão e Criciúma, mas em termos de arrecadação, já passamos Araranguá e estamos próximos a Tubarão. É um benefício para a população, em serviços e obras”, pontua.
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