Desde o domingo do dia 1º de fevereiro, o novo salário mínimo é de R$ 465,00. O aumento será refletido no orçamento de março, mês em que os trabalhadores devem receber o valor revisado. Ao todo, a mudança irá beneficiar de forma direta e indireta, mais de 42 milhões de brasileiros.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, serão R$ 23,1 bilhões injetados no mercado interno durante o ano de 2009, mantendo a geração de empregos mesmo diante da crise financeira internacional. “Serão R$ 50 a mais, todos os meses, para o consumo da base da pirâmide social”, disse Lupi.
O aumento salarial significa a possibilidade de comprar alguns alimentos a mais e até de fazer alguns investimentos. A içarense Marli Prudêncio Vieira, mãe de três filhos, diz que as compras mensais da família no supermercado chegam a R$ 350. Ela trabalha como auxiliar de serviços gerais em uma empresa de confecções e recebe um salário mínimo. Quase 85% da renda de Marli é gasto com produtos alimentícios, de higiene e limpeza. “Com estes R$ 50 a mais, já posso comprar alguma variedade de frutas, alguma guloseima para meus filhos e até outra cesta básica”, comentou.
Economistas também orientam para que os trabalhadores que recebem um salário mínimo tentem economizar esta diferença de R$ 50 e, ao final de 12 meses, utilizem esta economia para fazer algum investimento, como comprar um eletrodoméstico à vista ou dar uma boa entrada no produto desejado. Assim os R$ 600 economizados não serão acrescidos de juros e outros impostos. Outra dica é utilizar o valor para a quitação dos impostos.
Desde o início do Governo Lula, em 2003, o reajuste do salário mínimo chega a 72%, com aumento real acumulado de 46,05%. “O cálculo do reajuste leva em conta a inflação e o aumento do Produto Interno Bruto. É um mecanismo inteligente que garante que o trabalhador também seja beneficiado com o crescimento da economia”, avaliou o ministro Lupi. Ele também afirmou que os valores do abono salarial e do seguro-desemprego também seriam reajustados.
O QUE DÁ PARA COMPRAR COM O AUMENTO DE R$ 50?
Se os preços dos produtos não subirem, será possível comprar mais oito quilos de carne, quatro pacotes de fraldas, uma cesta básica, 32 latas de Skol ou 20 litros de gasolina.
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