Economia | 06/07/2010 | 10:14
Precisa-se de costureiras
Larissa Matiola (Jornal Gazeta) - jornalismo@gazetasc.com
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Conforme a coordenadora do Pólo do Instituto Federal em Içara (IF-SC), Maria Neli Vieira de Souza, a indústria têxtil e da confecção vive o melhor momento dos últimos cinco anos, apesar da invasão dos importados. Ainda assim, mesmo sendo gratuito, no Curso de Costura oferecido pelo Pólo sempre sobram vagas, quando não há também desistência no decorrer das aulas. Segundo Maria, são poucas as profissionais que optam por trabalhar como costureira, e para piorar ainda mais o quadro, o salário oferecido é baixo. “O valor é de pouco mais de um salário mínimo, hoje R$510,00. Diante disto, as profissionais disponíveis hoje no mercado optam por trabalhar por conta”, comenta ela.
A costureira, Gabriela Mazuchelo, 19 anos estava desempregada e viu no Curso de Corte e Costura a oportunidade para conseguir um emprego. Com pouca noção de linha e agulha, com três meses de aprendizado já estava empregada em uma fábrica de tapetes. “Aprendi a gostar da profissão, só o salário não é o esperado”, conta ela que por conta disso, estuda a possibilidade de começar a costurar por conta própria para complementar a renda mensal. “Mesmo trabalhando há pouco tempo na área, percebi que não somos valorizadas”, lamenta Gabriela.
Neuza Soares dos Santos, de 35 anos, trabalhou por muito tempo como funcionária de uma grande facção de jeans. Há cinco, resolveu trabalhar de forma autônoma e garante que a praticamente triplicou. “Não volto mais a trabalhar como empregada”, garante Neuza.
Enquanto as profissionais decidem trabalhar por conta própria, os empresários do ramo sofrem pela falta de serviço qualificado. Eles ainda reclamam de outra prática, a de rodízio de funcionários que buscam melhores salários. Proprietária de uma pequena fábrica de confecções, a empresária Maria Albertina Cancelier, afirma que a rotatividade de funcionário é grande. “Muitas delas não ficam nem por seis meses na empresa”, lamenta ela que teme o fim da profissão. “As mães não criam mais as filhas para este tipo de atividade, o mercado está defasado”, comenta.
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