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Economia

Taise Domiciano: Quantidade que gera qualidade

No processo criativo, quantidade vem antes de qualidade

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Por muito tempo ouvi pessoas falando, “foque na qualidade e não na quantidade”. Preciso te dizer uma coisa: na criatividade não é bem assim que funciona. Quando falamos do processo criativo, preciso explorar o maior número de ideias, para que assim possamos alcançar a qualidade.

Eu costumo falar que existem ondas de ideias. As primeiras ideias são aquelas comuns, que quase todos teriam. Já as próximas ideias são um pouco diferentes, não tão comuns assim. E as últimas são as ideias surreais e incomuns.

Por isso, explorar a maior quantidade de ideias possíveis, nos leva para caminhos não vistos, que nos aproximam do inédito e da possibilidade de inovar. O segredo é abraçar todas as ideias geradas e trabalhar com elas por um tempo.

É preciso encorajar as pessoas a falarem suas ideias, a pensarem em um maior número de possibilidades possíveis, aceitando todas, sem julgamento. É natural que as pessoas queiram avaliar as ideias e descartá-las antes mesmo de registrá-la. Mas isso é um erro! Toda ideia é bem-vinda, principalmente as mais malucas. Elas abrem espaço para a criatividade fluir, elas estimulam nosso pensamento e podem servir de conexão para outras ideias.

Para exemplificar isso, tem uma história que conta que uma empresa de porcelana estava com um problema. Quando a porcelana estava pronta ela era encaminhada para o embalamento, e lá os funcionários embalavam as peças com jornal, para depois colocar um papel mais bonito.

Entretanto, os funcionários perdiam tempo lendo os jornais, eles acabavam vendo as notícias e lendo, ao invés de se concentrar em só embalar. E isso gerou atrasos na produção. Tendo em vista esse desafio, a empresa começou a pensar em soluções. Surgiram ideias de usar jornais de outros países, ou comprar papel branco, mas nem uma dessas ideias parecia ser a ideia de “um bilhão de dólares”.

Até que um funcionário, disse “e se furássemos os olhos dos funcionários?”, assim eles não iriam enxergar as notícias e então não iriam ler. Que ideia maluca! Nunca faríamos isso! Lógico que não. Entretanto, essa ideia maluca gerou um insight, e se então, contratássemos pessoas com deficiência visual? Brilhante!

Se essa empresa não desse liberdade para que as pessoas se sentissem a vontade de falar suas ideias mais malucas, talvez ninguém chegasse a essa ideia de contratar pessoas com deficiência visual. Por isso, precisamos de um ambiente que proporcione liberdade para as pessoas se expressarem sem medo e sem vergonha.

Se você tem 100 ideias, é provável que tenha uma ideia ótima, já se você produz cinco ideias, as chances de produzir uma ideia ótima, são muito menores. No processo criativo, quantidade vem antes de qualidade.