Esportes | 16/08/2012 | 00:00
Gilmar quer dar a volta por cima
Carlos Rauen - carlos.rauen@canalicara.com
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A vitória histórica do Criciúma contra o América de Natal por 4x3 teve um protagonista diferente do habitual. O atacante Gilmar saiu do banco para virar a partida em que o Tigre perdia por 3x1. Em dez minutos, marcou duas vezes e ainda deu uma assistência. “Acho que o jogo foi um prêmio pela minha paciência e dedicação. Graças a Deus pude entrar e corresponder às expectativas”, apresenta.
Após o apito final o jogador não conteve a emoção e ainda no gramado começou a chorar. Passada a alegria, o atacante conversou então com o Canal Içara. “É uma sensação muito boa. Tudo isso é fruto de um trabalho que venho desempenhando. Eu havia saído da equipe titular após a derrota para o América Mineiro (quarta rodada) e algumas oportunidades passaram e eu não fui aproveitado. Mas mesmo assim não desanimei. Continuei trabalhando”, relata.
Sobre o choro ao final do duelo, o jogador afirma que não foi por desabafo. O momento era de alegria. “Deus vem me dando muita paciência e sabedoria para lidar com a situação. De titular ao banco e cheguei a nem ser relacionado em alguns jogos. Na partida contra o Joinville quando o Lucca estava de fora todos achavam que eu iria jogar e quem entrou foi um meio campo para jogar improvisado. Passa um filme na cabeça. Eu pensava ´o que estou fazendo para não estar jogando?`. Mas mantive a traquilidade e continuei trabalhando”, afirma. Confira abaixo um pouco mais deste bate-papo:
O último gol foi um chute sem ângulo, como você lembra do lance?
No lance da falta eu estava no meio da área, bem no meio da ‘muvuca’. Daí eu pensei “vou sair daqui, tem muita gente” e abri para a direita. Então quando eu consegui dominar a bola eu só chutei forte pro meio. Ou a bola ia entrar ou ia desviar no zagueiro. Graças a Deus ela entrou.
O Zé Carlos foi expulso nesta partida, após essa boa atuação, você esperar ser titular contra o Atlético Paranaense no sábado?
Eu venho trabalhando para isso. Sempre que precisar vou estar a disposição. Eu vinha entrando bem, algumas vezes em situações adversas como a de ontem. Mas não estou começando como titular. Mesmo assim tem o Douglas que faz a função do Zé Carlos. É uma grande concorrência. Tem o Lins, o Valdo que também estão na busca por uma vaga. Eu venho trabalhando para isso, mas vou deixar para o Comelli.
Você recebeu propostas para deixar o Criciúma e com a falta de oportunidades você pensou em sair?
Antes de começar a Série B tive algumas propostas. Náutico, Portuguesa me procuraram para saber da minha situação. Também tive propostas do exterior. Japão, China e Coreia do Sul. Mas nunca pensei na possibilidade em sair do Brasil. Quero muito continuar aqui. Queria voltar a mídia. Fiquei um ano na França e quando a gente volta as pessoas não lembram mais da gente, então quero ficar aqui. Claro que com essa situação de entrar jogador, sair jogador e eu não era utilizado eu cheguei a pensar, “será que vou ter que sair para poder jogar?”. Mas sempre deixei claro meu objetivo pessoal aqui no Criciúma que é colocar esse time na Série A. Participei de um acesso lá na França e a sensação é das melhores. Então agora vamos trabalhar para conquistar esse objetivo.
Faltam 21 jogos para terminar a Série B, e o Tigre é líder com 39 pontos. Uma das vagas já é do Criciúma?
Não, ainda é cedo para falar isso. Muito cedo. Acho que estamos no caminho certo. Se entrarmos nos jogos determinados vamos continuar vencendo. Temos que arrumar algumas coisas para o segundo turno. Ainda é cedo para falar isso, mas se continuarmos com essa determinação, vamos nós aproximar cada vez mais da Série A.
O último encontro contra o Atlético Paranaense foi pela Copa do Brasil e o Criciúma acabou sendo eliminado de uma forma que deixou o torcedor bastante irritado. O placar agregado terminou em 7 a 2 para os paranaenses. Existe algum sentimento de vingança para o duelo deste sábado?
Não vai ter sentimento de vingança. Estamos em momentos diferentes. Os jogadores do Atlético e do Criciúma são outros. Aquela vez estávamos vindo de uma sequência ruim no catarinense e havia aquela confusão com o afastamento de alguns jogadores. Não tem vingança nenhuma. Vamos respeitar o Atlético, mas claro, em busca do nosso objetivo que é o acesso.



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