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“A transparência tem que ser total”, afirma Murialdo

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Murialdo Canto Gastaldon estudou nos colégios Cristo Rei de Içara e Marista de Criciúma. Tem formação acadêmica em Economia pela Ufsc. Além disso, é especializado em Administração de Recursos Humanos e mestrado na área de concentração em economia industrial também pela Federal de Santa Catarina. Na área política, concorre pela quinta vez a um cargo eletivo. Já foi vereador por dois mandatos e agora disputa a chefia do Executivo Municipal. Nascido em 16 de agosto de 1964 em Urussanga, é filho de Vivino Gastaldon e Maria Terezinha Canto. Casado com Celeni de Freitas, possui dois filhos: Bruno e Vitor.

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Em relação a cargo público, foi por duas vezes vereador. Ocupou também a função de secretário da Fazenda de Décio Góes (PT) entre 2001 e 2003, além de ter feito parte do Comitê Gestor da Prefeitura de Içara entre junho e dezembro de 20009. “Para mim a liderança da uma coligação significa ser o instrumento da construção do novo. Significa representar o sonho de muitas gerações, inclusive, dos filhos da minha geração”, resume sobre o novo desafio que se dispôs ao lado do vice Sandro Giassi Serafim (PMDB).

“Em Içara nenhuma candidatura pode se apresentar no dilema entre situação e oposição. No meu caso, tenho como vice o PMDB. Então não posso dizer que sou oposição. Em compensação, o outro candidato é vice-prefeito e já ocupou diferentes cargos no Governo Municipal. Nenhum vice-prefeito ocupou tanto cargo que nem ele”, apresenta. “Quero agradecer as pessoas que estão em nossa candidatura, partidos coligados e candidatos a vereador. Estamos vivendo um momento de rompimento com uma forma velha de fazer política. Como o Brasil foi para frente no governo PT/PMDB, esta possibilidade está sendo apresentada para Içara”, completa.


RINCÃO - Com a emancipação do Rincão, qual deverá ser a relação de Içara com o novo município?
A mais cordial, fraterna e seguindo o que determina a legislação. Nenhum problema hoje deve ser resolvido de forma isolada. Tudo deve ser articulado: lixo, saúde, educação e desenvolvimento turístico. Tem que pensar políticas que congreguem os municípios.

FESTIVIDADES - Entre os atrativos de Içara está a Festa de São Donato, IçaraFest e Festa do Agricultor. São suficientes? Que tipo de atividades você acha que falta no calendário da cidade?
Falta um calendário de eventos muito bem pensado e articulado tanto cultural quanto turístico. A cidade já criou uma densidade cultural. Temos orquestra, escolas de dana e música. Está faltando isto ir para a rua. Temos também tradições muito fortes com as etnias. Uma parceria com a Angola, por exemplo, poderia estreitar as relações com a África não apenas cultural, mas econômica também.

SECRETARIADO - Além de prefeito e vice, uma coligação majoritária representa também um indicativo para a formação do secretariado. Quais os critérios a serem utilizados para esta composição?
Vou respeitar a urna. Os partidos terão a participação conforme o resultado eleitoral. Posso assegurar que será um secretariado de primeira linha. Içara estará em primeiro lugar. Não serão os partidos. Içara é o que importa.

GOVERNO - Educação, Saúde, Assistência Social, Agricultura e Comércio... Quais as secretarias que você considera necessária para a composição da Prefeitura Municipal?
A estrutura de secretarias é suficiente. Dá conta das demandas. Temos que fazer apenas uma reforma administrativa para compatibilizar as pastas com o Governo Federal. Os programas dos Ministérios tem que estar presente no Município por meio das secretarias já existentes.

MINA 101 - Você é favorável ou contrário à atividade mineradora na cidade? Como acha que a Prefeitura deve tratar este assunto?
A água é um recurso natural de todas as gerações passadas, presente e futuras. Isto é prioridade. Ao mesmo tempo, o carvão é um combustível poluidora do século 18. Temos uma série de opções de energia renováveis. Quanto a Prefeitura, acho que é preciso cumprir o que determina a lei.

IMPOSTOS - A carga tributária é apontada por empresários como entrave para o crescimento. No caso de empresas que se interessam pela cidade, a Prefeitura costuma dar inventivos. Mas este mesmo benefício não ocorre para micro e pequenas empresas. Qual a sua avaliação?
Para os empreendedores da cidade não vamos mais cobrar a renovação do Alvará. Segundo, a carga tributária que é pesada para as empresas não tem relação direta com o município. O que podemos fazer é potencializar as nossas características econômicas. Estamos num espaço que permite empresas de grande porte que fomente outras de portes menores. Temos vocação para produzir itens plásticos, químico, agroindústria... O papel do Município é agregar mais valor. Com isso vamos elevar o conceito da cidade.

ESTRUTURA - Içara depende ainda de uma série de prédios locados para a manutenção de serviços públicos. Não chegou a hora de a cidade construir uma estrutura própria, incluindo um novo Paço Municipal?
Temos que ter uma nova prefeitura ou espaço administrativo. É fácil de fazer. Mas ainda temos que definir melhor um local para isso.

GOVERNABILIDADE - O processo de cassação do atual Governo Municipal por diversas vezes foi apontado como empecilho para a administração da cidade. Você acredita que o próximo mandato será diferente no aspecto jurídico?
A cidade perde muito com este processo. Só que isto fugiu muito dos partidos. O Ministério Público é quem tem tomado as iniciativas. Mas ao mesmo tempo que interfere, o Ministério Público cumpre um papel essencial para o combate a corrupção. As iniciativas partidárias prejudicam, já a Promotoria reforça a democracia.

Infografia: Canal Içara

MOBILIDADE - Além da duplicação da SC-444, que outra obra você considera necessária para a mobilidade de Içara?
Para mim mobilidade é estrada, calçada, passarela e educação para o trânsito, além de ações para o progresso. Queremos municipalizar a SC-444 depois de realizada a revitalização pelo Governo do Estado. É uma rodovia que já está feita. É uma das mais movimentadas de Santa Catarina e este fluxo de trânsito sobre ela pode trazer uma boa receita para a cidade. Temos que também fazer intervenções nos cortes da estrada de ferro em Esplanada, na Rua Marcos Rovaris, Vitória e Guadalajara. A nossa ideia é fazer uma ligação de Esperança com Avenida Centenário. Além disso, queremos uma rota alternativa para tirar o fluxo da Rua Sete de Setembro e ainda dar apoio para a Via Rápida.

TRANSPARÊNCIA - Apesar da implantação do Portal da Transparência em Içara, a divulgação dos atos públicos ainda possui algumas barreiras. O acesso aos editais de licitação, por exemplo, e monitorado pela Prefeitura Municipal. E a publicação de decretos não ocupa ainda um Diário Oficial Eletrônico que seja diário. Como melhorar a transparência?
A transparência tem que ser total. Tudo o que é público deve ser disponibilizado, inclusive a agenda do prefeito e secretários. Isto só ajuda. A licitação, contratação, pagamentos... É preciso criar um sistema on-line. O Diário Oficial também precisa ser eletrônico. Se um cidadão de Içara está fora da cidade, ele poderá acompanhar de longe. É uma forma também de manter este elo.

SALÁRIOS - Ainda sobre a transparência, você concorda com a divulgação dos salários dos servidores como já fizeram órgãos estaduais e federais?
O que estiver na lei, será 100%. Sou favorável ao que estiver previsto em lei.

MORALIDADE - Executivo, Legislativo e até entidades. Denúncias de corrupção foram realizadas em diferentes instâncias nos últimos quatro anos. Ao que se atribui tantos problemas?
Eu abomino a corrupção. Isto para ser suave. É um dinheiro que significa o remédio que não tem no posto. É a merenda que falta na escola. Agora não adianta fazer o discurso da corrupção. Não temos em Içara nenhuma liderança que fez mais contra a corrupção do que eu. Fui muitas vezes ao Ministério Público por que a crise moral estava presente na cidade. Hoje vivemos um momento de descobertas. Foi levantado o tapete da cidade e apareceram os problemas. Agora precisamos de uma limpeza geral, abrir a janela e deixar entrar luz. As pessoas estão menos toleráveis, o acesso à informação está razoável, mas ainda acho que outras lideranças estão tomando iniciativas de enfrentamento e isto tem feito diferença. Agora há reação, sobretudo da juventude.

RECURSOS - Com o acesso de recursos através de financiamentos, Içara terá recursos para investir em obras no próximo governo? De onde pretende realizar a captação?
Todo financiamento é uma coisa muito boa. São juros muito baixos, prazos longos e períodos de carência. E o que a cidade deixa de gastar após as melhorias dão conta de pagar o financiamento. À medida que as obras ocorrem, os valores dos imóveis também aumentam e as condições de pagamento também. Quero buscar cada vez mais recursos federais para ampliar a infraestrutura.

SAMAE - Alguma possibilidade da Casan voltar para Içara seja com uma gestão compartilhada ou com a extinção do Samae? Do contrário, de onde comprar água?
Acho que a cidade de Içara precisa ser modernizada nos serviços públicos. Temos que ter uma agência reguladora para água, transporte, cemitério. Tudo o que é concessão tem que ter uma política única para a concessão de serviços públicos. É inaceitável que alguns bairros de Içara ainda não tenham água em normalidade. E não é por falta de água. O problema é a política de distribuição. Quanto a compra, vamos utilizar o fornecedor que oferecer o menor preço.

SANEAMENTO - O funcionamento do esgotamento sanitário acontecerá somente no próximo governo. Qual a melhor forma de estipular o valor a ser cobrado da população?
A minha proposta é que o valor fique limitado a 80% da conta de água. Se o cidadão sabe que se consumir R$ 50, vai pagar ao máximo R$ 40 de esgoto. Para pagar menos esgoto, ele precisará usar então menos água. Isso vai incentivar a economia. E vamos além. Todos os prédios públicos devem ter que ter cisterna para a captação da água da chuva. Temos um índice pluviométrico razoável que está sendo perdido.

PRIORIDADE - Se fosse para resumir o governo em uma obra física, qual seria?
Seria o Hospital Público com gestão comunitária. O São Donato não tem mais condição. E a saúde precisa ser prioridade. O caminho é o Governo Federal. Nem o Município, nem o Estado, tem condição de manter uma instituição desta. O Governo Federal tem esta dívida com Içara e região.

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