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Política

Cooperaliança: análise da eleição 2007

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Não houve exagero algum em se atribuir à eleição da Cooperaliança uma atmosfera de Constituinte Regional. Foi a disputa mais ecumênica de que se teve conhecimento nos últimos anos na região de Criciúma.

Siglas partidárias, tendências, rachas, auto-expurgos (ver o caso do PT içarense), padres e pastores, todos bateram ponto.

Analistas políticos gastaram saliva nas rádios e notas em colunas de jornais comparando o pleito a uma prévia da eleição municipal de Içara em 2008.

É possível, mas uma analogia mais confiável indica que o que rolou ontem foi o terceiro turno da eleição presidencial. Em Içara, ao contrário de Criciúma, Lula venceu no primeiro e no segundo.

Forças que se amargaram na eleição nacional renovaram a parceria na Cooperaliança. PP e PT mantiveram-se de mãos dadas e, de novo, venceram. No outro canto do ringue, os derrotados de 2006: PMDB, PSDB, PDT e suportes afins. Na eleição de 2008, votarão os içarenses. Ontem, prefeitos de pelo menos quatro cidades da região baixaram seus votos nas urnas.

A eleição da Cooperaliança, consagrando a sexta vitória na vida política de Pedro Gabriel, abrigou um confronto sem paralelos na região. Foi como se o cargo em disputa fosse o de "governador da Amrec". Votou quem tem casa no Rincão, mais não é preciso dizer. Com um universo eleitoral tão eclético, o que se destacou foi a ação de estrategistas políticos.

Dá para imaginar o secretário de Obras, Arnaldinho Lodetti (PP), ao lado do presidente da Cooperminas, Edílson Medeiros (PT)? E o deputado tucano Clésio Salvaro ombreando o ex-governador Eduardo Moreira (PMDB)? Seus respectivos operadores, Dóia Guglielmi e Eraldo Peruch, passaram o sábado orientando puxadores de votos.

Em Criciúma, a tradição política confere aos vencedores os louros da glória regados ao porre da competência ou das artimanhas. Aos derrotados, o melancólico destino de fazer as malas e tomar... La Barca. Não foi pequena a nau que zarpou ontem do centro de Içara. E vai levar dias, senão meses, até lotar todos os seus camarotes.