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Política

Vereadores abrirão CPI das Cédulas

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A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo das cédulas será aberta pela Câmara Municipal de Içara. A decisão é unanime entre os sete vereadores ao qual cabe a definição. A oficialização desta postura está projetada para esta terça-feira, dia 16. A data corresponde ao fim do período de 30 dias estipulado anteriormente pelos vereadores para análise dos acontecimentos que envolvem agentes políticos de Içara e a Carbonífera Rio Deserto. Esta última empresa é administradora da Mina 101.

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"O caldo saiu mais caro que o peixe", resume o vereador Diego da Silva Vittorassi (PDT) sobre o adiamento da CPI. Defensor do Movimento Içara Pela Vida (MIV), ele se refere ao afastamento determinado pela Justiça para três integrantes da Câmara Municipal. A liminar foi requerida pelo Ministério Público de Içara devido a possibilidade de influência sobre a abertura, ou não, de uma investigação na casa legislativa.

"Sou a favor que se abra a CPI. Mas, quero que todos os nomes citados nas gravações sejam ouvidos. Temos que analisar todos os fatos nem que isto dure alguns meses", destaca o peemedebista Jurê Carlos Bortolon. Questionados pelo Canal Içara, também se manifestaram favoráveis Osmar Manoel dos Santos (PP), Joaci Domingos (PP), Neuzi Berto Silveira (DEM), Dilnei Lima (PMDB) e André Mazzuchello Jucoski (PSDB).

Como ponto de partida, os vereadores receberam uma cópia escrita do relatório realizado pelo Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) no escândalo das cédulas. Além de papéis, eles também terão acesso às ligações telefônicas gravadas com autorização judicial. A disponibilização do material em áudio foi requerida pelo Ministério Público de Içara. E todo o conteúdo foi editado para que a vida pessoal dos envolvidos não seja exposta.

O escândalo das cédulas iniciou com a denúncia do MIV ao promotor Henrique da Rosa Ziesemer. Segundo o movimento social, vereadores votaram em benefício de empresas ao extinguirem a Área de Preservação Ambiental de Santa Cruz e mudarem atribuições da Fundação Ambiental de Içara (Fundai). As medidas foram vetadas pelo prefeito Gentil Da Luz. Todavia, o veto acabou derrubado pela Câmara Municipal.

Na votação em que os vereadores decidiram pela validade das leis, o Gaeco recolheu as cédulas. E, constatou falsificação de documento. A perícia apontou que uma das assinaturas do presidente da Câmara, Darlan Carpes (PP), foi realizada de forma diferenciada para marcar o posicionamento de um dos componentes da casa. Além dele, foram afastados também Acirton Costa (PMDB) e Itamar da Silva (PP), ambos autores das polêmicas alterações nas diretrizes ambientais da cidade.

Sobre o caso, dois processos foram movidos pela Promotoria. Num deles, Darlan, Acirton e Itamar respondem por improbidade administrativa. Esta mesma ação inclui o presidente da Cooperaliança, Pedro Deonísio Gabriel, e a empresa Carbonífera Rio Deserto. Já em processo penal, Acirton, Darlan, Itamar e Pedro respondem por constrangimento ilegal, falsificação de documento público, prevaricação e/ou advocacia administrativa. As duas ações tramitam em primeira instância.