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Devastação é interrompida pela Fundai

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O remanescente de vegetação natural em Içara continua ameaçado. No último Atlas da organização SOS Mata Atlântica a porção ainda preservada na cidade alcançava 250 hectares. Este número não teve alteração nos últimos três anos. Mas na próxima edição certamente apontará um índice ainda menor. A perda será de pelo menos 2,3 hectares. Esta foi a área devastada encontrada em operação conjunta da Fundação do Meio Ambiente de Içara e a Polícia Ambiental na tarde desta terça-feira, dia 7.

Conforme o fiscal Múcio Carlos Bratti Júnior, as clareiras abertas acabaram encontradas após a observação de um caminho na mata. Na beira da estrada em Espigão, duas motos deram também a pista de que nesta tarde havia homens trabalhando. O barulho de moto-serra só comprovou. O equipamento foi recolhido por não ter licença para ser utilizado na derrubada de árvores.

Três pessoas foram flagradas na operação. Duas delas se apresentaram como subcontratadas e deverão ser ouvidas no processo criminal. Já o responsável pela equipe informou não ter o contato do contratante. Ele inicialmente responderá pela infração até que o responsável seja identificado. Segundo o soldado da Gibran Rezende Grechi, a penalidade pelo desmatamento foi arbitrada inicialmente em mais de R$ 21 mil.

Na esfera criminal, o valor poderá ainda ser ampliado. O crime é passível de até três anos de prisão. No caso de ser réu primário, passaria então ao cumprimento de penas alternativas. Além disso, toda a área precisará ser recuperada. O espaço compreende mais de dois campos do Maracanã. Uma parte já estava com brotos. Isto significa que o trabalho não é recente. O que se sabe é que não chega a um ano já que não estava visível no acompanhamento constante por satélite das áreas de mata remanescentes.

O uso como pastagem também ficou evidente. Fezes de bovinos foram observadas em toda a extensão percorrida pelos fiscais. “Encontramos várias espécies nativas derrubadas pela ação de trator. Temos jerivás, figueiras e fauna nativa associada. O estrago foi grande”, aponta o biólogo da Fundai, Ricardo Garcia. Ele aponta que árvores com até 14 metros ainda ficaram intactas. Porém, bromélias enraizadas em troncos agora estão no chão. Elas apontam o avançado estado de preservação que havia no local. “É lamentável ver toda esta destruição”, fecha o superintendente da fundação, Eduardo Rocha.

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