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Economia

Governo anuncia apoio ao carvão

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O anúncio da inclusão do carvão no leilão A-5 do Governo Federal não é o suficiente para que o minério volte a impulsionar a economia da região. Na sexta-feira, aproveitando a visita do governador Raimundo Colombo em Criciúma, representantes do setor repassaram a situação e pediram apoio ao chefe do Executivo. Sem redução de impostos para isonomia de custos, o setor não consegue concorrer de igual para igual com o Rio Grande do Sul e outros países.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Carvão (Siecesc), Ruy Hülse, a intenção é ter competitividade nos leilões de energia. “Pedimos a redução do custo de capital e operacional da Usitesc para que as nossas indústrias possam participar do leilão A-5 de uma forma igualitária”, explanou o presidente. “O mundo todo está inserindo carvão na sua matriz energética, e nós estamos na contramão da história. Se não ajustarmos o custo do nosso carvão não podemos nem competir com o Rio Grande do Sul, porque o nosso produto sai mais caro. Não podemos deixar isso acontecer”, destacou o deputado e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão, Valmir Comin.

O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado Joares Ponticelli, colocou que já está sendo tratado do assunto com o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, e do Desenvolvimento Econômico, Paulinho Bornhausen, assim como com a Celesc. “Precisamos construir uma política de incentivos para que o nosso carvão seja competitivo”, alerta Ponticelli. O governador prometeu apoio. “Não se pode ser refém do setor hidrelétrico, por isso o carvão tem que estar cada vez mais forte. Queremos dar todo o apoio a Usitesc”, concluiu.

O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e diretor da Satc, Fernando Zancan, disse ser urgente a definição de uma política de incentivos ao setor, a tempo da participação das indústrias no leilão de energia do Governo Federal em setembro. “Conseguimos apresentar ao governador a real situação do carvão. Estamos otimistas com uma resposta positiva do Governo do Estado, assim como já nos deram apoio para a viabilidade do Centro Tecnológico do Carvão Limpo”, observou.

O empresário do setor carbonífero, Valcir Zanette, entende que se o carvão da região não estiver competitivo para participar do leilão, todos perdem. “É preciso entender que estamos falando em investimentos de R$ 2 bilhões. Isso vai representar muito para o desenvolvimento regional”, enfatizou. Está prevista a construção de uma usina termelétrica em Treviso, mas a obra só será viável com o carvão sendo competitivo.