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Integrantes do Sindicato dos Mineiros se reuniram com o prefeito Gentil Da Luz nesta terça-feira, dia 17. O encontro ocorreu na tentativa de agilizar a emissão do alvará de funcionamento da Mina 101. O contrário fez o Movimento Içarense pela Vida (MIV) na semana anterior ao alegar problemas ambientais causados pela extração de carvão na cidade. Uma resposta da Prefeitura sobre o documento é aguardada para o próximo dia 20.

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“O prefeito ficou de ver o assunto e já pediu para o procurador ir à Florianópolis se interar junto a Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Fatma)", afirma o presidente Ivan Roberto Wastphal. Além dele participaram do encontro no Paço Municipal também os diretores Fernando Valentim e Osmar de Menezes.

O impasse atual está no parecer da Fundação Ambiental de Içara. Ao todo, oito pontos foram levantados pela autarquia municipal. Entre eles está a presença de um peixe em extinção na área do empreendimento, além do parecer do Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto em que atesta a necessidade do lençol freático para a manutenção das famílias em Santa Cruz e a consideração de que a secagem dos poços ocorreu devido a retirada da água no interior da mina.

“Audiências serão realizadas esta semana com a Procuradoria do Município, Secretaria da Fazenda e Fundação do Meio Ambiente (Fundai)”, garante Gentil. Quanto ao nível de água no subsolo, o assunto foi parar no Ministério Público Federal. E, mediante a visita técnica de um geólogo da Procuradoria, foi requerida para a Fatma a interrupção das atividades sob o princípio da precaução. Ou seja, não ficou comprovado o dano, contudo, a hipótese não foi descartada. A necessidade de apresentar prova para a continuidade dos trabalhos coube a Carbonífera Rio Deserto.

“Vamos cobrar do MPF que ocorra a paralisação dos trabalhos”, sublinha um dos integrantes do MIV, Renato Brígido. “Temos 250 pessoas em treinamento que já estão com cargos garantidos na Mina 101 e que, agora, temem pelo seu emprego. São 250 famílias, a maioria delas residente em Içara, que têm pressionado o sindicato por uma posição”, apela o líder sindical dos mineiros.

“A recomendação era para a suspensão da licença até que a empresa apresentasse um laudo conclusivo. Foi entregue então o resultado do monitoramento da água realizado nos últimos anos. O documento apontou que o rebaixamento da água ocorreu pela estiagem, além do uso dos próprios agricultores e empresas próximas”, explica o gerente de Desenvolvimento Ambiental em Criciúma, Alexandre Carniel Guimarães. “Neste caso não fazemos nova fiscalização já que é preciso de monitoramento”, completa.